Como lidar com a hiperatividade infantil? Saiba mais

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Você já ouviu falar em hiperatividade infantil, TDAH ou até mesmo DDA? Esses termos se tornaram populares, mas poucas pessoas entendem realmente do que se tratam, como identificar se uma criança é hiperativa e o que fazer para lidar com isso. Antes de mais nada, é preciso diferenciar a criança ativa, que gosta de brincar, correr, praticar esportes, da criança hiperativa, que não consegue acalmar a agitação nem mesmo durante o sono. Outra observação primordial é se lembrar de que cada criança é única e pode manifestar sintomas que dizem respeito à sua singularidade e questões psicológicas, e portanto, não devem se encaixar simplesmente em um diagnóstico neurocientífico.

O que é hiperatividade?

A hiperatividade é uma condição geralmente associada ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou simplesmente Déficit de Atenção (DDA), e pode estar relacionada a problemas no sistema neurológico, como má comunicação entre os neurônios. Porém, a hiperatividade infantil por si só não é considerada uma doença, e sim um distúrbio, afetando cerca de 5 a 10% de todas as crianças (entre 3 e 16 anos) — a psicanálise chama a atenção para um ponto fundamental a se considerar, que os sintomas apresentados por uma criança apontam sempre para a singularidade daquela criança, não sendo possível generalizar o significado/sentido daquele sintoma.

O prognóstico costuma ser favorável: os sintomas de quase metade das crianças diagnosticadas com hiperatividade costuma desaparecer na adolescência, conforme o cérebro se desenvolve. Nos casos em que os sintomas continuam se manifestando, é possível criar estratégias e técnicas para contornar o problema e minimizar as possíveis consequências negativas. Um atendimento com profissional de psicologia e psicanálise é essencial na ajuda para este diagnóstico, evitando mascarar os sintomas com tratamentos medicamentosos, que podem reforçar o mal-estar do pequeno.

A medicalização da infância

Infelizmente, tem se observado em nossa sociedade um fenômeno conhecido como medicalização da infância, que se refere ao uso de medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso central para controlar sintomas e comportamentos indesejados das crianças.

Por conta disso, muitas crianças são medicadas com drogas de tarja preta mesmo sem confirmação do diagnóstico de hiperatividade, trazendo consequências graves para seu desenvolvimento físico, emocional e psicológico — este tipo de prática pode causar dependência física e psíquica. Entre 2009 e 2011, apenas no Brasil, por exemplo, houve um aumento de 75% no uso da droga mais conhecida para o tratamento do TDAH (chamada de “droga da obediência”) entre crianças de 6 a 16 anos. A falta de conhecimento sobre os efeitos em longo prazo do uso desses medicamentos, a polêmica envolvendo a hiperatividade e os diagnósticos controversos sugerem que a abordagem utilizada pode estar prejudicando nossas crianças de forma irreversível.

Como lidar com a hiperatividade infantil?

O tratamento da hiperatividade infantil nem sempre exige o uso de medicamentos para controlar os sintomas, melhorar o rendimento nos estudos e o relacionamento da criança com os amigos e a família. Existem algumas medidas que podem trazer benefícios de uma forma mais natural e sem os efeitos colaterais dos remédios. Confira:

Alimentação

Apesar de não ser comprovado, alguns especialistas associam a hiperatividade infantil a algumas substâncias presentes em alimentos industrializados, como corantes, conservantes e aditivos alimentares. De qualquer maneira, manter uma alimentação balanceada e composta principalmente de alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e hortaliças, e restringir o consumo de alimentos enlatados e industrializados, em geral, traz benefícios comprovados para o corpo e pode auxiliar na diminuição de alguns dos sintomas da hiperatividade.

Exercícios e brincadeiras

Uma boa maneira de liberar a energia acumulada das crianças hiperativas é proporcionar estímulos físicos diariamente, seja através da prática de esportes ou simplesmente oferecendo liberdade para correr, pular, jogar bola ou brincar com outras crianças. Algumas brincadeiras podem até ajudar a desenvolver habilidades emocionais, como liderança, cooperação e raciocínio lógico.

Contato com a natureza

A vida moderna não permite que as crianças tenham contato com a natureza regularmente, mas para as hiperativas isso é ainda mais importante. Os estímulos que a natureza proporciona – sentir o vento, os aromas, sons, cores e texturas – pode ter um efeito direto nos sintomas da hiperatividade, além de ajudar a extravasar energia, desenvolver a criatividade e a responsabilidade ambiental. Trocar os ambientes fechados e cimentados por parques, praças e espaços ao ar livre é o melhor presente que podemos dar às nossas crianças.

Se o seu filho foi diagnosticado com a hiperatividade infantil, não se preocupe! Basta seguir as nossas dicas, contar com a ajuda de um profissional capacitado e dar todo suporte, carinho e atenção que ele precisa!

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