Criança com amigo imaginário é um problema?

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Se você percebeu recentemente que seu filho tem conversado sozinho e vivido as atividades diárias como se estivesse na companhia de alguém, não se preocupe, provavelmente ele criou um amigo imaginário.

Segundo um estudo realizado na Universidade de Leicester, no Reino Unido, 46% das crianças entre 5 a 12 anos têm ou já teve um amigo imaginário em alguma fase da vida. Talvez até você, na sua infância, tenha passado por isso, mas sabemos que acompanhar a imaginação do seu filho, às vezes, não é tão simples. Por isso, vamos entender um pouco mais sobre a importância dos amigos imaginários – e se eles podem ou não ser sinal de um problema.

O amigo imaginário pode ser bem estimulante para a criança

Muitas vezes achamos que o amigo imaginário de nosso filho representa uma ausência que ele tem, talvez uma solidão. Essa relação não é obrigatória e até mesmo a ideia de que os filhos únicos têm maior propensão a criar esse tipo de fantasia já vem sendo refutada.

A criação de uma pessoa pode ser apenas um processo cognitivo natural da criança para entender a sua realidade. Ela cria diálogos para auxiliá-la a avaliar melhor as situações e as pequenas decisões diárias. Nesse sentido, o amigo imaginário ajuda no desenvolvimento do seu filho, que passa a fazer as escolhas “sozinho”. Normalmente, ele ajuda a criança a olhar os vários lados de uma situação, identificar possíveis problemas e as formas para resolvê-lo.

É como se ela projetasse nessa criação outra pessoa que ela mesma poderia ser, desenvolvendo maturidade para lidar com sentimentos como medo, ansiedade e, claro, a criatividade.

Alguns psicólogos ainda defendem que o amigo imaginário ajuda na construção da linguagem, visto que a criança é estimulada a criar histórias e situações, por mais que apenas mentalmente, o tempo todo.

Quando começar a se preocupar

O amigo imaginário passa a ser motivo de preocupação quando as projeções da criança envolvem algum lado negativo. Usar o personagem como desculpa para um mau comportamento, por exemplo, pode ser sinal de que é preciso prestar atenção no caso.

Uma boa saída é entrar no jogo: se o seu filho disser que quem quebrou o brinquedo não foi ele, mas o “João”, diga a ele que os dois terão, então, que arrumar a bagunça juntos. Ou ponha os dois de castigo. Essa fase costuma ser passageira, assim que a criança perceber que também recebe as consequências do erro.

Outra situação que pode ser complicada, embora não muito comum, é o isolamento dos colegas reais, sejam da escola, da vizinhança ou da família. Essa introspecção em excesso pode demandar um acompanhamento mais próximo dos pais e professores, para identificar a causa desse relacionamento e, principalmente, de sua origem – se o amigo imaginário faz com que a criança deseje ficar apenas com ele a maior parte do tempo, ou se os colegas não aceitaram a criança no grupo e, por isso, ela recorreu à sua criação.

A fase dos amigos imaginários costuma passar rápido e entre os sete e oitos anos se torna menos comum. Ao lidar com essa situação em sua família, parta sempre do pressuposto de que a imaginação é algo natural da criança e que é muito raro que ela seja problemática.

Caso sinta-se inseguro com a posição que o amigo imaginário tem tomado na vida de seu filho, procure um especialista.

Tem outras dúvidas em relação ao assunto? Escreva para nós nos comentários!

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