A cena é famosa: pais com dificuldade de negar os constantes pedidos dos pequenos dentro de um shopping ou supermercado. Essa missão se torna ainda mais difícil quando o rótulo dos produtos traz os personagens que fazem sucesso na TV e nos quadrinhos. De acordo com o Instituto Alana, 80% da influência de compra dentro de uma casa vêm das crianças. Mas será que não é um tanto cruel instigar na meninada uma relação direta entre consumo, identidade e aceitação social?
Lidar com a publicidade é uma lição que se aprende em casa e, felizmente, a evolução dos meios digitais e brinquedos criativos podem nos dar uma grande ajuda com isso. Saiba mais no post de hoje!
O problema dos personagens nos brinquedos
Um dos grandes problemas do uso de personagens licenciados no mercado infantil é a falta de abertura para ações e para o surgimento de brinquedos educativos e criativos. Se não quiserem ou não puderem usar uma marca famosa, pequenas empresas com ideias inovadoras necessitam de um esforço ainda maior em suas campanhas de marketing para se fazerem reconhecidas.
A principal função de um personagem agregado a um produto é o reconhecimento da marca. Porém, qual é a real utilidade de um brinquedo? Se nos lembrarmos das suas funções primárias de incentivo à imaginação e proporcionar momentos de lazer, a presença de um personagem famoso torna-se desnecessária e até mesmo dificultadora para o desenvolvimento da criatividade da criança — afinal, junto da marca vem todo o seu discurso.
Como afastar as crianças dos comerciais
A grande vantagem do mundo digital e dos serviços de streaming para as famílias é que o telespectador possui um papel ativo na programação, armado da possibilidade de selecionar quais programas serão exibidos. Além disso, os programas não são entremeados por anúncios, o que diminui significativamente a exposição das crianças aos produtos e serviços sugeridos pela publicidade.
Assim, os pais não só têm maior controle sobre os conteúdos ofertados às crianças como também dão maior autonomia a elas em relação ao que consumir ou não.
Os brinquedos criativos no mercado
Em uma sociedade de consumo, os produtos que adquirimos são capazes de atestar uma identidade e até mesmo de segregar aqueles que não podem comprá-los. Inserir uma relação tão intrínseca entre o consumo e a aceitação social em uma fase tão importante para a formação da identidade pode colocar em segundo plano valores essenciais para a constituição de um indivíduo.
Neste contexto, os brinquedos educativos, que instigam a imaginação das crianças sem a necessidade de marcas, tornam-se interessantes. Como o roteirista e ilustrador Fábio Yabu afirma em seu artigo sobre as escolhas em sua casa, “é muito mais fácil convencer sua filha a comer uma ameixa se não tiver ninguém oferecendo um Toddynho ao mesmo tempo”.
Criar brincadeiras novas, com falas e personagens engessados, pode se tornar difícil para algumas crianças se a criatividade não for estimulada. Se você deseja ampliar o leque de referências do seu filho, conheça os brinquedos educativos disponíveis na loja virtual da Barata Diz Q Tem!
Você identifica a influência da publicidade infantil sobre o seu filho? Já experimentou adquirir brinquedos criativos e sem marca? Deixe um comentário contando para a gente quais são as suas experiências!