A discriminação é um fenômeno sociológico que consiste na realização de uma atitude adversa em relação a uma pessoa com características ou comportamentos considerados diferentes. O uso desse termo, nos dias atuais, não diz respeito somente à distinção ou diferenciação entre raças (situação em que a discriminação é comumente encontrada em nossa rotina), mas também tem relação com atitudes adversas realizadas contra pessoas de religiões, opiniões, comportamento e características físicas consideradas diferentes do tradicional.
Trazer a tona o diálogo sobre a discriminação e suas várias manifestações é uma maneira de educar os seus filhos, para que possam viver em harmonia em um mundo cada vez mais diverso e plurifacetado. Você sabe como falar sobre discriminação com seus pequenos?
Não existe idade para começar a tratar esse tema
A primeira pergunta que um pai ou uma mãe costumam fazer quando querem começar a conversar sobre uma temática tão densa quanto a da discriminação com seus filhos é: qual a idade correta para iniciar esse diálogo?
A resposta para essa dúvida é simples: não existe idade certa para começar a conversar sobre esse assunto. Como vivemos em uma sociedade cada vez mais diversificada e que busca o respeito e a igualdade para todos, é natural que os ensinamentos para evitar a discriminação comecem desde cedo dentro da nossa própria casa.
A discriminação pode ocorrer em várias situações diferentes, que inclusive fazem parte da rotina do seu filho. O primeiro passo para ensinar uma criança a evitar esse tipo de comportamento é explicar a importância do respeito nas suas relações pessoais. Quando aprendemos a respeitar qualquer tipo de diferença que podemos encontrar em um colega de sala, no comportamento de um familiar ou em alguém que observamos na rua, estamos desenvolvendo uma capacidade de tolerar e respeitar melhor essas particularidades.
Permita que o momento, ou que a curiosidade do seu filho sobre situações discriminatórias, traga o assunto para o diálogo entre vocês, não perdendo a oportunidade de falar com ele sobre isso.
Tire todas as dúvidas do seu filho sobre a diversidade
Crianças são muito curiosas e, naturalmente, fazem perguntas sobre qualquer situação que as deixem intrigadas. Se o seu filho vivenciar ou observar alguma atitude discriminatória no dia a dia, provavelmente vai começar a fazer alguns questionamentos sobre essa atitude.
Saiba explicar para ele que o respeito é a base para construir qualquer relação saudável e que diferenças na cor da pele, na aparência, no gênero e na opinião não devem ser consideradas como um problema ou defeito — todas as pessoas merecem ser tratadas da mesma maneira sempre.
A educação começa dentro de casa
Como em qualquer outra situação, a educação para evitar a discriminação começa dentro de casa. Mostrar a seu filho que ele não deve tratar mal seu irmão ou seus pais por ter uma opinião, ou um visual diferente, pode ser o primeiro passo para evitar esse tipo de comportamento em outros ambientes.
A criança também se espelha no exemplo que os adultos com quem ela convive repassam a ela. Aprenda também a ser o melhor exemplo possível para seus filhos, evitando que a atitude discriminatória faça parte da rotina da criança.
Fique atento aos comportamentos das crianças na escola
A escola é um ótimo ambiente para a criança conviver com a diversidade e aprender a lidar com as diferenças de opinião, de raça e de comportamento. Apesar disso, a escola também é o local onde as atitudes discriminatórias tomam força, já que algumas crianças podem provocar outros colegas por diferenças no seu visual, na sua atitude ou na sua opinião.
Se você acredita que seu filho está sofrendo algum tipo de discriminação ou participando de algum ato discriminatório, aproveite o momento para abrir o diálogo com ele sobre esse assunto. Não deixe também de alertar os professores sobre as situações que podem estar ocorrendo dentro da sala de aula.
A discriminação faz parte da rotina da criança, que vive em uma sociedade diversa, porém não deve ser uma atitude considerada normal. É interessante que ela entenda que a cor da pele, a religião, o comportamento e o tipo físico não devem separar as pessoas em grupos que podem ser respeitados ou não — todos são iguais e merecem o mesmo tipo de tratamento sempre.
Como você trata de um assunto tão delicado como a discriminação com os seus filhos? Compartilhe suas experiências conosco!